É Melhor Não Saber, Chevy Stevens

INFORMAÇÕES:
QUANTIDADE DE PÁGINAS: 320 páginas
EDITORA: Arqueiro
COMPRE: Submarino, Saraiva
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Sarah Gallagher nunca se sentiu parte da família. Adotada desde criança, a garota cresceu com a sensação de que não era realmente bem-vinda entre todos seus entes queridos, principalmente quando deixou de ser filha única e sua mãe teve mais duas garotas: Melanie e Lauren. Com o passar do tempo, Sarah percebeu que faltava uma peça em seu passado para que entendesse seu futuro. Seu comportamento era muito diferente dos seus pais, de suas irmãs, o que fazia com que crescesse a ânsia dela em conhecer suas origens, suas raízes. Afinal, de quem ela herdara o gênio forte, o modo impulsivo e muitas vezes, explosivo?

Apesar da vida difícil que Sarah leva, é quando conhece seu então noivo Evan que encontra o lado bom que lhe faltava. Prestes a se casar, Sarah percebe que deve ir a fundo com seus anseios do passado: ela necessita entender suas origens. O que ela não esperava contar era que seu passado talvez não fosse tão necessário ser mexido, e que talvez Sarah devesse seguir em frente. Por que os segredos que ela não imaginava encontrar, os mais terríveis que ela não imaginava ser, são jogados em sua face. E então numa busca contínua para deixar seu passado para trás, ela enfim descobre que parece que seu passado não irá querer deixa-la tão cedo. E que há coisas que é melhor não saber.

Encontramos nesse livro uma narrativa similar à de Identidade Roubada (x), um jeito da Chevy contar a história, abordar o thriller sem deixá-lo sem graça. Cada capítulo é uma sessão da terapia que Sarah faz há tempos com sua psiquiatra, Nadine, o que nos faz conseguir estar mais próximos da personagem principal, seus sentimentos e dramas. Os personagens são muito bem construídos, com personalidades próprias, e nada de mudanças abruptas de comportamento que não fazem sentido.

Chevy não hesita em atingir o leitor com os fatos que despecam como uma bola de neve, logo após o início das buscas de Sarah por respostas. As situações e acontecimentos decorrentes disso atingem o leitor como se este fizesse parte da história, como se entendesse (ou tentasse pelo menos) compreender os dramas da personagem – aqui refiro-me aos internos e externos. E cada ligação familiar/pessoal de Sarah é atingida quando estamos falando de seu passado. Tudo se torna grandes complicações e desespero.


Aqui temos um personagem cruel – que não vou falar muito dele para não ser spoiler para ninguém – tanto quanto o que encontramos em Identidade Roubada. Tentamos compreendê-lo na decorrência da narrativa, o que se torna uma missão quase impossível, já que temos a perspectiva de Sarah e o personagem é de suma tão complexo que sua identidade quase se torna uma impossibilidade de descobrir, um quebra-cabeças que sempre vai ficar incompleto por faltar uma peça.


Temos um boom no final, assim como no livro anterior, que dá uma guinada a mais ao livro, um fôlego que torna a história ainda mais eletrizante. Comparando as duas obras da autora, as histórias podem ter certa proximidade no contexto geral, mas os fatos mesmo são diferentes. Os personagens possuem suas complexidades, e nela eles acabam se encontrando. Em Identidade Roubada temos um drama com maior ação, e em É Melhor Não Saber, temos algo mais passional, mas não com menor intensidade: o drama aqui é mais interno, pessoal, um risco que a personagem corre sem saber de onde vem.

Eu recomendo a você que gosta de thrillers ou também a você que nunca leu um thriller e gostaria de começar a leitura com algum. Esse gênero nunca foi o meu preferido, porém depois de ler a primeira obra da autora, não consegui mais ficar distante. Simplesmente adorei o novo livro da Chevy e assim que ela lançar outro e for publicado por aqui, terei o imenso prazer e satisfação de acompanhar a história.

Nota:
Cinco Estrelas (Excelente)


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5 comentários

  1. Oie :)

    Eu li pouquíssimos Thrillers ao longo da minha vida de leitor mas os que eu li eu amei. Quero muito ler esse livro pois ele tem cara de um livro que você começa a ler e não da conta de largar pois como você disse.Os personagens são misteriosos. Beijos!

    http://euvivolendo.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Realmente!!! Um livro excelente, eu adoro a escrita da autora, super prende o leitor ao livro...
      Leia sim, depois diga o que achou

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  2. Oie Daisy
    uau, não sabia que era a mesma autora de Identidade Roubada, que era um livro que sempre tive vontade de ler. E não imaginava que era um thriller. Como eu adoro thrillers, e sua resenha foi bastante convincente, quero esse livro pra ontem.
    bjo
    www.mybooklit.com

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  3. Olá!! Obrigado pela visita!!
    Aiiiiii eu não tinha notado que esse livro é da Chevy!! Eu amei Identidade Roubada! Vou querer ler esse!! A resenha ficou show, parabéns! ^^

    Bjus!
    Andréa
    www.fundofalso.com

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